Ações Épicas
No Sistema 2d20, um Desastre Épico e o Triunfo Épico ocorre quando um lançamento de 2d20 resulta em dois Desastres ou dois Trinfos
Esses lançamentos especiais são extremamente raros, e portanto, devem ser interpretados de forma igualmente épica, pois a chance de acontecerem numa rolagem é de apenas 0,25%. (em tese, seriam necessárias 400 rolagens com 2d20 para que um único Triunfo Épico acontecesse!)
Comparados com Trinfos e Desastres comuns, os Trinfos e Desastres Épicos devem transmitir o dobro de sentimento épico.
Exemplo de Triunfo Épico
Gargamel é um Sacerdote e está tentando abrir uma fechadura com um fino graveto, mesmo nunca tendo realizado tal artimanha.
Apesar do Narrador informar o personagem que essa ação será muito difícil de ser realizada, na verdade, o Narrador não quer que os personagens abram esta porta agora, porque fazer isso geraria consequências não planejadas na aventura.
Secretamente, o Narrador sabe que mesmo que Gargamel tire 20 em um dos dados, ele ainda poderá inventar uma desculpa para evitar que os personagens abram essa porta agora.
Se Gargamel tirasse um Triunfo comum, o Narrador poderia dizer por exemplo que o personagem, mesmo tentando abrir a porta arduamente com o graveto, não conseguiu desvendar o segredo da fechadura, mas durante o processo, ele teve um dejavú de uma vida passada, e algo em sua mente iluminou algum conhecimento sobre abrir portas, de forma que ele passa a receber um bônus permanente para abrir portas, desde que tenha as ferramentas certas.
Dessa forma, o Narrador aplicaria o resultado de um Triunfo sem necessariamente permitir que o Sacerdote abrisse a porta.
E é ai que entra o Triunfo Épico. Em uma situação onde Gargamel tirasse dois Trinfos em uma única rolagem, o resultado precisaria seguir exatamente a intenção do jogador, respeitando-se os limites do bom senso.
O Narrador jamais poderia se esquivar, ou inventar um subterfúgio para evitar que o personagem fizesse o que quer fazer. Ele seria obrigado a lidar com o resultado da ação, e proporcionar o desfecho mais épico possível.
Nessa situação, o Narrador poderia dizer que uma aura do Caos preencheu o local onde a porta está, não apenas permitindo que o jogador abrisse a porta como ele pretendia, mas transformando misteriosamente aquele pequeno graveto num item mágico de madeira, capaz de se adaptar à fechadura de qualquer porta.
Dessa forma, a explicação do surgimento da Aura do Caos seria um evento completamente novo e não planejado, que em algum momento se conectaria com a história da campanha.